domingo, 20 de abril de 2008

Falsas Esperanças

Já em Vitória ainda tinha muito o que fazer antes de embarcar: tirar um passaporte novo, pois o meu já estava vencido desde março de 2007 - inclusive tive problemas no meu mochilão por isso; fazer 26 exames clínicos - até raio-x do tórax; carteirinha internacional de febre amarela da anvisa; e várias outras bobagenzinhas que nem me lembro agora.
Quando estava tudo prontinho há algum tempo já, recebi um telefonema da Jerusa (diretora da Infinity) perguntando sobre minha disponibilidade para embarcar dia 30 de abril. Falei que estava disponível e super disposta e ela ficou de confirmar o embarque por ainda não ter o visto agendado. Assim que desliguei o telefone, corri pro pc e fui descobrir quais seriam as minhas possibildades de embarque. Para minha surpresa, não tive muito o que "viajar". Só havia um navio da Royal partindo nessa data - o Rhapsody of the Seas, que partiria de Shangai (isso mesmo gente, iam me mandar pra China!). Até curti a idéia, embora tivesse uma preferência secreta de embarcar na Europa ( norte da Europa pra ser mais específica! - ; ). Não durou muito a "viagem", logo fiquei sabendo que o embarque havia sido cancelado por não terem conseguido marcar a minha entrevista no consulado. Nem fiquei tão desapontada, afinal a vontade de navegar pelo Báltico equilibrou as esperanças. Se fosse mesmo pra China, adeus Europa!
Continuo na espera...

sábado, 19 de abril de 2008

O Pré-Embarque

No dia 6 de março, de uma lan house em La Paz, enviei meu currículo pra Infinity (agência de recrutamento de tripulação), dias depois recebi um e-mail informando que eu havia sido pré-selecionada e pedindo que eu aguardasse um novo contato agendando a entrevista em Santos. Alguns dias depois recebi o tal e-mail: eu deveria comparecer ao escritório da Infinity em Santos no dia 17 de março. Meu vôo de Buenos Aires a São Paulo era dia 16. Perfeito pra mim!
Não sei se devo detalhar tanto assim as trapalhadas que precederam a minha entrevista, mas na dúvida eu conto.
Dia 7 de março embarquei num ônibus de La Paz a Uyuni a fim de visitar o Salar. Sentia umas coisas estranhas uma mistura de ansiedade (pelo emprego, a novidade que seria o salar, voltar a Buenos Aires, rever a Thatá e voltar pra casa), empolgação e saudades, sem falar nos benditos dos sentimentos que não sei nomear. Nesse momento da viagem estava acompanhada de um Alemão, super gente boa (mas que tinha um sério problema de gases) o Patrick. Chegamos a Uyuni bem cedo e tivemos que esperar um pouco até que os guias chegassem com o jeep para darmos início à aventura pelo Salar - o que acabou sendo uma das experiências mais fantásticas da minha vida (isso inclui uma gripe alérgica que adquiri no deserto do Atacama e que me deixou melequenta por umas duas semanas). Feito o tour de 3 dias pelo Salar e deserto, voltamos a Uyuni onde me separei do Patrick e segui viagem com um australiano que fez o tour com a gente, o Brendson. Em Uyuni pegamos um trem até Villazón, fronteira com a Argentina, de onde cruzamos a pé até La Quiaca e de lá peguei um bus (30 horas!!!) até Buenos Aires, muito bem acompanhada por dois jornalistas Porteños que conheci no trem. Em Buenos Aires me senti um pouco em casa, havia vivido naquela cidade durante um mês e já conhecia algumas ruas. Chegava a hora de fazer a surpresa pra Thatá. No albergue fui recebida pelo Marcelo com um abraço de "bem-vinda-de-volta" e fui encontrar a Thaiss largada no sofá da sala de TV. Demorou um pouco pra ela me reconhecer - gorda e preta! Passamos 4 dias juntas em Buenos. A última noite foi ma-ra-vi-lho-sa!!! Na manhã de ir embora, a tonta aqui foi tirar dinheiro no caixa eletrônico pra pagar o albergue e a taxa de embarque no aeroporto (eram os últimos pesos da viagem), e como nada de ruim me havia acontecido até então, tive que comer mosca e esquecer a bosta do cartão dentro da máquina. Só me dei conta quando cheguei a São Paulo, com trinta reais na carteira e nada do cartão. Era domingo, impossível sacar dinheiro sem cartão, uma vez que esse procedimento só é possível dentro da agência com a assinatura do correntista. Tive que apelar pra todos os "santos": manhêeee... "aconteceu isso assim assim..." e agora? A mamãe deu um jeito de pedir a minha tia que mora em Sampa pra levar uma graninha pra mim na rodoviária. Tudo resolvido (temporariamente), peguei um bus pra São Vicente ( do ladinho de Santos onde seria a entrevista no dia seguinte).
Dia 17, acordei cedo, tomei um bom café-da-manhã no hotel e fui pra minha entrevista na Infinity (vestida com a única roupa que me cabia). O processo começou com um teste de inglês (uma música pra fazer um complete) - super tranquilo; depois entrou uma psicóloga na sala e mandou a gente fazer 3 desenhos (falei - fudeu! tô reprovada!); depois tivemos a entrevista em inglês com a Jerusa. No final da tarde saiu o resultado, tinha sido aprovada pra entrevista final com a Royal Caribbean pra trabalhar como Bar Waitress. Começou o investimento pesado. Tive que fazer um curso de "Vida a Bordo" e outro de "Bar Waitress". Acabei perdendo a páscoa com a família. Passei o feriado com duas paulistas que conheci nos cursos que fiz - a Léa e a Naná. Ficamos as três na casa da Léa no Guarujá. Na sexta-feira fomos ao shopping comprar uma roupa pra minha entrevista final (tive que comprar tudo: blusa, calça, sapato...). Estudamos um pouco o menu de bebidas e fomos pra entrevista. Depois de longa espera fui entrevistada pelo representante da Royal, na mesma hora fiquei sabendo que estava aprovada.
Dia 24, depois da entrevista a Léa me deu uma carona até Sampa de onde embarquei pra Vix. Quando cheguei ao aeroporto, mamãe estava lá me esperando. Foi um abraço gostoso, cheio de saudades!!!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Idéia

Este blog surgiu da necessidade de publicar fotos e fatos sobre minhas andanças pelo mundo. Na verdade senti muita falta de um espaço para postar minhas fotos durante meu mochilão pela América do Sul. Família e amigos pediam fotos, queriam saber onde e com quem estava. Enfim, estavam loucos para ouvir a quantas andava minha experiência mundo a fora.
A fim de não repetir o erro de sair do Brasil denovo sem deixar rastro, fiz esse blog! Aqui pretendo postar fotos, talvez videos e descrever minha experiência a bordo de um navio de cruzeiro.
Espero que com esse espaço sejam supridas as necessidades de todos!